Na cidade de São Paulo vivem hoje cerca de 2,5 milhões de animais abandonados, famintos e doentes. Quem tem um cachorro de estimação conhece profundamente o significado da palavra amizade. Um cachorro não pede nada, se contenta com muito pouco e retribui em escala muito maior. A adoção de um cão é uma das maneiras mais especiais de se começar uma amizade. Se você acha que em sua vida ainda há espaço para uma relação profunda e verdadeira, visite nosso blog e procure pelo seu amigo, ele pode estar lá lhe esperando.



"Às vezes me perguntam por que invisto tanto tempo e dinheiro falando de amabilidade para com os animais quando existe tanta crueldade entre os homens?

Ao que respondo: Estou trabalhando nas raízes!! "

George T. Angell



segunda-feira, 12 de julho de 2010

PERI, a dor da perda, "in memorian" homenagem a um guerreiro.

"Tire o seu sorriso do caminho, que eu quero passar com a minha dor"
Ontem, depois de tanta luta, tanta resignação, tanto sofrimento o PERI nos deixou. Partiu da mesma forma que entrou nas nossas vidas, sem pedir nada, sem queixa, silencioso.... Foi abandonado num Hotelzinho no reveillon de 2006. Era um cão idoso (estava com + ou - 10 anos quando o conhecemos), tinha displasia e artrose degenerativa muito avançada. Foi tratado na USP pelas equipes de Ortopedia e Equipe da dor. Viveu num Hotel 4 longos anos. É verdade que 3 vezes por semana o trazíamos para passar a tarde conosco, mas nunca é a mesma coisa que ter um lar. Na hora de voltar para o hotel, esticava o pescoço, "empacava" se recusando a sair, isso nos dava muita pena. Fizemos tudo que podíamos, mas não conseguimos dar a ele o tão sonhado lar... Peri tomava muitos remédios, por isso tínhamos receio de doá-lo, quem iria querer um cão tão dispendioso? Optamos por mantê-lo ao nosso lado. Era o nosso companheiro e amigo. Saia conosco para outros resgates, para levar os amigos de 4 patas ao vet e até sequestro relâmpago o nosso Perizoca vivenciou!
Peri tinha a Dignidade dos Marginalizados, aceitando humildemente todo sofrimento que a vida lhe impôs. Era doce, digno, nobre, não conseguimos imaginar o que fez uma pessoa abandonar esse Majestoso Cão. Quando o conhecemos nem levantava a cabeça, estava em profunda depressão, aos poucos fomos conquistando sua confiança.
Perizoca, felizes nós duas, que pudemos desfrutar da tua presença. ....tivemos momentos lindos, teu final foi sofrido mas, felizmente na última semana você estava morando entre a casa da Sandra e a minha. Nos resta o consolo de saber que no final de tua estada aqui na terra você esteve amparado e se soube amado.
Siga em paz amigo, você nos ensinou o sentido da resignação e da tolerância. Você deixou uma lacuna, um vazio...Era único e soberbo.

Juana Braga e Sandra Marcos